[Filme] Coringa

Nome: Coringa (Joker)

Gênero: Drama

Distribuição: Warner Bros. Pictures

Lançamento: 3 de Outubro de 2019

Duração: 122 Minutos

Sinopse:
Gotham City, 1981. Em meio a uma onda de violência e a uma greve dos lixeiros que deixou a cidade imunda, o candidato Thomas Wayne (Brett Cullen) promete limpar a cidade na campanha para ser o novo prefeito. É neste cenário que Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos, com um agente social o acompanhando de perto, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens de Wall Street em pleno metrô. A atitude inicia um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne é seu maior representante.

O lançamento desse mês de Outubro de 2019 da DCU, Joker tem um grande potencial para ganhar o Oscar. Protagonizado por Joaquin Phoenix (que é um ator realmente dedicado e maravilhoso). Quero deixar logo claro no começo dessa resenha certas coisas: se você tem o psicológico frágil e se sente desconfortável com filmes que mostram doenças psicológicas que podem abrir portas para gatilhos, não assista, EU Letícia, não senti nada porque já estou acostumada com esse tipo de coisa. Outro detalhe, tive que colocar alguns spoilers PORÉM não muda muita coisa porque Joker é um filme para ser sentido, e a vibe que o filme passa é o que importa.

Joker... O que falar de Joker? Não tenho palavras para agradecer ao universo por viver em uma época na qual pude ver uma representação tão maravilhosa do Coringa. É espetacular, é perfeito... É simbólico.

Esse filme, a atuação de Joaquin Phoenix é impecável, espetacular, cheia de simbolismo e poesia. Há um simbolismo e uma crítica social muito forte em Joker, a face de Gotham City totalmente destruída, uma população revoltada e deixada de lado, e o principal, na busca por justiça. Essa face de Gotham nos faz pensar até que ponto nós levamos o nosso conhecimento da justiça, o que é justiça? Nós realmente estamos sendo justos ou apenas estamos levando nossos gostos pessoais em um patamar de verdade absoluta? 

Gotham está aos pedaços e Arthur (Joaquin Phoenix) é apenas a escoria da sociedade, um ser pobre e com problemas mentais causados durante a infância por horrores que viveu junto de sua mãe, uma mulher que sofre com doenças mentais, uma delas é psicose, que vivem em um apartamento em um prédio ruim com uma vida ruim e frustrante.

Arthur é um palhaço e sofre de um problema neurológico que causa um ataque de risos quando está nervoso ou em uma situação tensa até que em uma noite tudo muda e sua vida vira de cabeça para baixo, a verba que mantém os serviços sociais, por mais precários que sejam, são cortados e isso quer dizer que: não há remédio, não há sessões de terapia e não há esperança e ele "pira" (o mesmo fala isso em algum momento do filme). 

As suas primeiras mortes desencadeiam o caos, três funcionários de Thomas Wayne que está concorrendo as eleições para prefeito de Gotham City e que acaba tomando uma proporção gigantesca, justiça com as próprias mãos ou apenas os três cruzaram com uma pessoa que estava em um dia ruim e coincidentemente tinha uma arma? Bem... Isso não é definido, alguns tomam isso como símbolo de resistência, onde a população tem voz e outros vêem apenas como um meliante qualquer vestido de palhaço que matou três  pessoas e deve ser punido. 

Temos a hipocrisia dos ricos levantando a bandeira da moral e o quanto são corretos ao demonstrar o que é "certo" em prol da classe que explora e temos os explorados que lutam para ter um lugar, uma voz. Tudo isso e um fio prestes a partir trazendo uma guerra civil. 

Eu não tenho palavras para descrever o que senti e o quão significativo foi estar na sala de cinema vendo essa obra de arte, não sabia nem como escrever uma resenha concisa sobre porque é muito singular o que cada um sente vendo, ainda mais quem gosta da DCU que parece que aprendeu com os erros no cinema (kkkk). Último recado: o Oscar vem pessoal, eu creio e todos creem.

Trailer

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